quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Quando o amor adormece

Chegou o dia! Você está pronta para aquele encontro tão esperado: as mãos transpirando, o corpo tremendo, a boca seca, e tudo o que tenta disfarçar seu corpo delata.
Pode passar o tempo que for, a gente nunca esquece as sensações do primeiro encontro. Tem gente que ainda se recorda – com riqueza de detalhes – da primeira troca de olhares...  Que coisa importante é o amor!...
... Até que adormece.
O cotidiano vai tirando a graça, porque ninguém mais faz questão de mantê-la. O óbvio se repete tanto que tudo se torna previsível e sem sal. Desgastado, o amor adormece.
Confusos, terminamos relacionamentos. Mas aí o coração grita, porque quer dizer que o amor está só dormindo, que é pra tentar acordá-lo (E é por isso que dói tanto terminar: porque o coração fica triste e ninguém quer saber de ouvi-lo nessas horas)... Mas a razão não permite e cala o coração: É o fim!
Até que o tempo passa e a gente reencontra aquele que um dia foi o nosso amor. E basta: lá estamos nós com as mãos transpirando, o corpo tremendo, a boca seca, e tentando disfarçar aquilo que o corpo delata.
Amor, amor, amor... Quisera saber dos truques para manter acesa a sua chama! Quisera livrar-me dos orgulhos que insistem em manter distâncias! Quisera saber as palavras certas para dizer nas horas certas! Quisera ter sua receita, pronta, para nunca mais errar!
Não podemos jamais nos esquecer de que adormecer o amor é tão simples quanto despertá-lo. Eis o enigma – indecifrável! – do qual deveríamos viver à procura para manter as pessoas que amamos com seus amores acordados sempre perto de nós. Porque, em minha opinião, só se pode ser feliz assim.

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